São Paulo quer beber água e deixar nosso estado com sede

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Transposição do rio paraíba do sul desejada por paulistas diminuiria vazão de água para abastecer municípios do norte fluminense

Rio Paraíba do Sul, em Campos dos Goytacazes
O assunto sobre a Transposição do Rio Paraíba do Sul ainda repercute com força em toda a região Norte e Noroeste-RJ.  Diante de uma das piores secas dos últimos 10 anos, o Governo de São Paulo está pedindo uma autorização para o Governo Federal para a construção de um canal de 15 quilômetros para a ligação entre os reservatórios de Jaguari e Atibainha, para a retirada de cerca de 5 metros cúbicos por segundos do Rio Paraíba do Sul para abastecer o Sistema Cantareira.
 Apesar das dificuldades  de abastecimento do Sistema da Cantareira, as reações à tal medida rapidamente ecoaram no Rio de Janeiro. 
O secretário Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, Indio da Costa, já disse que não há a possibilidade de aceitar sem que o Estado analise o projeto. 
Essa não é a única opinião oposta ao pedido. Segundo o ambientalista Aristides Soffiati, não se tem um estudo demonstrando que o Rio Paraíba do Sul não vá sofrer impactos. 
- Primeiro tem que se pensar em um programa do Governo Federal para revitalizar todo o Rio Paraíba do Sul, até o momento, ninguém quer cuidar do nosso Rio - desabafa o ambientalista.
Já entre os pescadores, a preocupação aumenta ainda mais, pois nesse período de estiagem e com o período de defeso, a maioria teve que procurar outras formas de renda extra. 
A possível transposição do Rio Paraíba do Sul representa para os pescadores uma terrível ameaça, com  riscos de extinção da atividade na região que depende do Rio. 
O senhor Valdeci Alves, pesca há 35 anos na Lagoa da Égua, que é abastecido pelo Rio Paraíba do Sul através do canal do Vigário, no Parque Prazeres, em Campos, e disse não ter um plano B de sobrevivência se isso acontecer. 
- Vai ser a pior coisa que vai acontecer para nossa classe. Esse não é só um problema de discussão entre os políticos, eles esquecem dos menos favorecidos, que acordam cedo para trabalhar em busca do sustento de uma família - lamentou. Valdeci.

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