E Papai Noel passou de trenó pelos céus Goitacás em pleno maio...

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Não é possível que os vereadores de oposição de Campos queiram insistir na tese de que estão sendo cerceados ou impedidos de exercer o seu papel na Câmara Municipal. Dar ouvidos aos queixumes destes que tentam fazer de sua insignificância numérica no parlamento um motivo para justificar o injustificável, ou seja, a incapacidade deles de, por condições lógicas, conseguirem fazer com que matérias de seu interesse político e eleitoral sejam aprovadas no parlamento.


Buscam ocupar o Ministério Público com denúncias cuja motivação maior é o inconformismo recalcado de um senhor que se viu relegado à sorte que sua competência lhe ajudou a construir, tornando a ser o que sempre foi. E que nenhuma prova traz à baila dos debates relacionados à execução da política de cultura do município de Campos senão as suas palavras, que ganham eco nos mais variados espaços de comunicação, cujos conceitos de responsabilidade social são suplantados por suas preferências políticas e partidárias, onde qualquer um, competente ou não, encontrará amparo se estiver disposto a subverter a principal função do jornalismo, que é a de informar.

Nenhum vereador da oposição, até onde sei, foi impedido de protocolar requerimentos, projetos, indicações ou demais proposições na Câmara de Campos. Também desconheço que tenham sido impedidos de discutir as matérias que são colocadas em pauta. Pelo contrário, são eles até quem mais utilizam da palavra e que mais fazem uso da tribuna. E também tenho certeza de que não foram impedidos de exercer o seu legítimo direito de voto. E mais: muitas das denúncias são baseadas atos publicados no Diário Oficial do município e no Portal da Transparência no site da prefeitura de Campos. Logo, não há que se falar em cerceamento, impedimento do exercício das atividades de controle externo ou de fiscalização dos atos praticados pelo Executivo.

Na minha modesta opinião, quem se vê cerceado - e de certo modo coagido - neste momento é o parlamento, que está tendo a soberania de suas decisões plenárias questionadas mediante provocação do Ministério Público. E digo coagido porque a livre convicção do parlamentar a todo instante estará sombreada pelo MP caso este venha a ser sempre instado a se pronunciar sobre decisões da Câmara desfavoráveis aos propósitos oposicionistas.

Não ganham no voto e querem ganhar na marra. Discutem a execução de políticas e a aplicação de recursos de uma única pasta – a Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima – dentre diversas outras do governo, com muito mais recursos, contratos e pessoas empregadas. Uma campanha sistematizada de desgaste de uma política que, até então, é exercida nos mesmos moldes dos municípios vizinhos, que também realizam shows e promovem eventos festivos.

Respeito os edis da oposição. Mas entendo que não só a minha inteligência ou capacidade de raciocínio, como a das demais pessoas que diariamente tem acompanhado a atuação dos quatro cavaleiros do apocalipse no parlamento local também merecem respeito.


A discussão é numérica: a situação tem 21 vereadores. A oposição tem 4. Os vereadores de situação estão tão legitimados pelo povo quanto os de oposição. Por lógica, a maioria da população votante (que não venham falar daqueles que são omissos) é quem dá sustentação ao governo no parlamento, na medida em que optou por eleger mais vereadores governistas do que opositores. Do jeito que o discurso anda, em 2016, a tendência e sequer eleger 4, o que não é bom para a cidade, pois revela a inexistência de uma corrente política capaz de apresentar uma alternativa de projeto de governo e até mesmo para nortear as ações governamentais.

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