E Papai Noel passou de trenó pelos céus Goitacás em pleno maio...
André Freitas
20:13
Câmara
,
Campos dos Goytacazes
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FJOL
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Garotinho
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ministério público
,
Oposição
,
Patrícia Cordeiro
,
vereadores
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Não é possível que os vereadores
de oposição de Campos queiram insistir na tese de que estão sendo cerceados ou
impedidos de exercer o seu papel na Câmara Municipal. Dar ouvidos aos queixumes
destes que tentam fazer de sua insignificância numérica no parlamento um motivo
para justificar o injustificável, ou seja, a incapacidade deles de, por condições
lógicas, conseguirem fazer com que matérias de seu interesse político e
eleitoral sejam aprovadas no parlamento.
Buscam ocupar o Ministério
Público com denúncias cuja motivação maior é o inconformismo recalcado de um
senhor que se viu relegado à sorte que sua competência lhe ajudou a construir,
tornando a ser o que sempre foi. E que nenhuma prova traz à baila dos debates
relacionados à execução da política de cultura do município de Campos senão as
suas palavras, que ganham eco nos mais variados espaços de comunicação, cujos
conceitos de responsabilidade social são suplantados por suas preferências políticas
e partidárias, onde qualquer um, competente ou não, encontrará amparo se
estiver disposto a subverter a principal função do jornalismo, que é a de
informar.
Nenhum vereador da oposição, até
onde sei, foi impedido de protocolar requerimentos, projetos, indicações ou
demais proposições na Câmara de Campos. Também desconheço que tenham sido
impedidos de discutir as matérias que são colocadas em pauta. Pelo contrário,
são eles até quem mais utilizam da palavra e que mais fazem uso da tribuna. E
também tenho certeza de que não foram impedidos de exercer o seu legítimo
direito de voto. E mais: muitas das denúncias são baseadas atos publicados no
Diário Oficial do município e no Portal da Transparência no site da prefeitura
de Campos. Logo, não há que se falar em cerceamento, impedimento do exercício
das atividades de controle externo ou de fiscalização dos atos praticados pelo Executivo.
Na minha modesta opinião, quem se
vê cerceado - e de certo modo coagido - neste momento é o parlamento, que está
tendo a soberania de suas decisões plenárias questionadas mediante provocação do
Ministério Público. E digo coagido porque a livre convicção do parlamentar a
todo instante estará sombreada pelo MP caso este venha a ser sempre instado a
se pronunciar sobre decisões da Câmara desfavoráveis aos propósitos
oposicionistas.
Não ganham no voto e querem
ganhar na marra. Discutem a execução de políticas e a aplicação de recursos de
uma única pasta – a Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima – dentre diversas
outras do governo, com muito mais recursos, contratos e pessoas empregadas. Uma
campanha sistematizada de desgaste de uma política que, até então, é exercida
nos mesmos moldes dos municípios vizinhos, que também realizam shows e promovem
eventos festivos.
Respeito os edis da oposição. Mas
entendo que não só a minha inteligência ou capacidade de raciocínio, como a das
demais pessoas que diariamente tem acompanhado a atuação dos quatro cavaleiros
do apocalipse no parlamento local também merecem respeito.
A discussão é numérica: a situação
tem 21 vereadores. A oposição tem 4. Os vereadores de situação estão tão
legitimados pelo povo quanto os de oposição. Por lógica, a maioria da população
votante (que não venham falar daqueles que são omissos) é quem dá sustentação
ao governo no parlamento, na medida em que optou por eleger mais vereadores
governistas do que opositores. Do jeito que o discurso anda, em 2016, a tendência e sequer eleger 4, o que não é bom para a cidade, pois revela a inexistência de uma corrente política capaz de apresentar uma alternativa de projeto de governo e até mesmo para nortear as ações governamentais.
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